terça-feira, 14 de julho de 2009

A Música, a Magia, o Divino e o Cosmos“

Para el hombre y las culturas primitivas, la música no es un arte: es un poder, cuya fuerza la ubica en el origen mismo del mundo.” (Perazzo ).

Esta perspectiva encontra-se igualmente nas obras, ou fragmentos de obras, que nos chegaram da antiguidade, nas quais a música aparece, frequentemente, associada a uma origem divina, aos mitos, a uma ideia de sobrenatural ou ainda aos elementos cósmicos. Seguem-se alguns exemplos: na China, considerava-se que os princípios da música seriam os mesmos do eterno sagrado, huang chung, expressão que tanto se referia ao tom fundamental da música chinesa como, no sentido simbólico, à autoridade divina; na Índia, segundo a tradição, o próprio Brahma ensinou o canto ao profeta Narada e este, por sua vez, transmitiu-o ao resto dos homens; no Egipto, antes do ano de 4000 a.C., a música também era recorrente nos ritos, cerimónias religiosas e militares, festas etc. Para os egípcios, o Deus Thoth teria criado o mundo através de sons . Os babilónios e os gregos relacionavam o som com o cosmos através de uma concepção matemática das vibrações acústicas, representadas numericamente e expressas também na astrologia:

“Los pitagóricos concibieron la escala musical como un elemento estructural dentro del cosmos. Además, el firmamento se reflejaba como una especie de armonía – la ‘armonía de las esferas’ –, y el espado tonal se obtenía por medio de una sola cuerda tensada (monocordio), de manera que reflejase esa armonía.” (Robertson e Stevens ).

É neste contexto que Platão (c.428/27 a.C. - 347 a.C.), que considerava a astronomia e a música como ciências irmãs, “tal como afirmam os pitagóricos” , refere o som provocado pelo movimento dos planetas, acompanhado pelo canto das deusas Láquesis, Cloto e Átropos ; e que Aristóteles (c.384 a.C. – 322 a.C.), em A Metafísica, escreve, citando os pitagóricos, que: “todo o céu é harmonia e número” .

Sem comentários:

Enviar um comentário